GUARDE UM POUCO A SUA RELIGIOSIDADE E VISTA MAIS A TUA FÉ: A DICOTOMIA ENTRE A RELIGIOSIDADE SEM FÉ E A FÉ SEM RELIGIOSIDADE: UM PARALELO ENTRE O JOVEM RICO X CHEFE DOS PUBLICANOS.
ANÁLISE BÍBLICA: PARTE IV:
GUARDE UM POUCO A SUA RELIGIOSIDADE E VISTA MAIS A TUA FÉ: A DICOTOMIA ENTRE A RELIGIOSIDADE SEM FÉ E A FÉ SEM RELIGIOSIDADE: UM PARALELO ENTRE O JOVEM RICO X CHEFE DOS PUBLICANOS.
GUARDE UM POUCO A SUA RELIGIOSIDADE E VISTA MAIS A TUA FÉ: A DICOTOMIA ENTRE A RELIGIOSIDADE SEM FÉ E A FÉ SEM RELIGIOSIDADE: UM PARALELO ENTRE O JOVEM RICO X CHEFE DOS PUBLICANOS.
Em nova odisseia bíblica, me deparei com uma
passagem interessante, acerca do ensinamento do Cristo acerca da RIQUEZA x RELIGIOSIDADE
x FÉ, vejamos as belíssimas passagens sagradas:
MATEUS 19: 16-20
16 E eis que se aproximou
dele [Jesus] UM JOVEM, e lhe
disse: Mestre, que bem farei para conseguir a VIDA ETERNA?
17 Respondeu-lhe ele: Por que me perguntas sobre o que é bom? Um
só é bom; mas se é que queres entrar na
vida, GUARDA OS MANDAMENTOS.
18 Perguntou-lhe ele: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás; não adulterarás; não furtarás;
não dirás falso testemunho;
19 honra a teu pai e a
tua mãe; e amarás o teu próximo como a ti mesmo.
20 DISSE-LHE O JOVEM:
TUDO ISSO TENHO GUARDADO; QUE ME FALTA AINDA?
Diz a bíblia que Jesus
partindo da Galileia e indo para os confins da Judéia, além do Jordão, foi
abordado por um JOVEM
RICO, provavelmente bem vestido, com instrumentária típica da posição
social condizente, então este homem imbuído no deleite de sua vaidade, interpela
o mestre acerca de como ele conseguiria
a VIDA ETERNA, pobre homem rico, não sabia o que lhe esperava. Ao passo, o
Cristo lhe respondeu que ele deveria seguir
os mandamentos.
Mas, o JOVEM RICO não se conteve com a
resposta simplória e permaneceu a indagar, desta vez perguntou quais
mandamentos seriam esses que o levaria a VIDA ETERNA, de prontidão Cristo lhe
respondeu: não matarás; não adulterarás;
não furtarás; não dirás falso testemunho; honra a teu pai e a tua mãe; e amarás
o teu próximo como a ti mesmo.
Contudo, o JOVEM RICO,
imbuído em sua prepotência, respondeu a Jesus que já cumpria com tais mandamentos e, desafiando Cristo, perguntou se
havia ainda mais algo a ser cumprido, quando o Nazareno lhe disse:
MATEUS 19:
21 Disse-lhe JESUS: Se queres ser PERFEITO, vai, VENDE TUDO
O QUE TENS e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, SEGUE-ME.
Isto mesmo, Cristo diante para
um homem aparentemente cumpridor do ordenamento bíblico, dos dogmas judaicos,
entorpecido por vaidade e luxúria, um narcisista [pessoa que nutre amor excessivo a si mesmo, a sua imagem], disposto
a buscar insanamente a PERFEIÇÃO, diga-se, condição inacessível a
qualquer ser humano, todavia, apontou o Cristo que o JOVEM RICO deveria DISPOR COMPLETAMENTE
DA SUA RIQUEZA/PATRIMONIO, ou seja, daquilo que lhe fazia enaltecer o ego, seu status
político e social.
Jesus além de determinar que o
JOVEM RICO
dispusesse de todo seu patrimônio, sugeriu que ele doasse tudo em benefício dos
pobres, como se não bastasse, estando o mesmo desprovido de toda riqueza, que o
seguisse, notadamente, para que fosse restaurada sua fé, quando aprenderia o assistencialismo
e a misericórdia:
MATEUS 19:
22-24:
22 Mas o jovem, ouvindo essa palavra, RETIROU-SE TRISTE; PORQUE POSSUÍA MUITOS BENS.
23 Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo
que UM RICO DIFICILMENTE ENTRARÁ NO
REINO DOS CÉUS.
24 E outra vez vos digo que é MAIS FÁCIL UM CAMELO PASSAR PELO
FUNDO DUMA AGULHA, DO QUE ENTRAR UM RICO NO REINO DE DEUS.
Diante da sugestão do Cristo,
o JOVEM RICO
compadeceu totalmente a favor da sua vaidade e abastança e, retirou-se muito
triste e desolado, pois, pretendia ouvir de Jesus que o mesmo era formoso,
perfeito, um modelo a ser seguido e, que seu modo de vida lhe habilitaria a vida
eterna, GRANDE ENGANO!
Podemos extrair que a bíblia
trouxe a história de um homem abastado financeiramente, cumpridor dos
mandamentos, aos olhos da sociedade daquela época era o JOVEM RICO um modelo a ser
seguido, pois sua RELIGIOSIDADE
saltava aos olhos. Contudo, a instrumentalização da religiosidade daquele indivíduo
era morta, desprovido do elemento
principal, a FÉ, visto que não temos como agradar a DEUS sem ela.
Então
pude concluir que no caso em questão nos deparamos com um claro exemplo de RELIGIOSIDADE
SEM FÉ.
Para completar, Jesus disse
que seria MAIS
FÁCIL UM CAMELO PASSAR PELO FUNDO DUMA AGULHA, do que ENTRAR UM RICO
NO REINO DE DEUS, dado a ganância, individualidade, vaidade, desprezo
ao próximo e etc. De tal forma, segui minha leitura com esse fundamento.
Dando continuidade à leitura
bíblica, me deparo com outra passagem reflexiva possuidora de total conexão com
a história do JOVEM
RICO, vejamos:
LUCAS 19: 1-4:
1 Tendo Jesus
entrado em Jericó, ia atravessando a cidade.
2 Havia ali um homem
chamado ZAQUEU, o qual era CHEFE DE PUBLICANOS E ERA RICO.
3 Este PROCURAVA VER QUEM ERA JESUS, e não
podia, por causa da multidão, porque era de pequena estatura.
4 E correndo
adiante, SUBIU A UM SICÔMORO [figueira]
A FIM DE VÊ-LO, porque havia de passar por ali.
Isso
mesmo, novamente a bíblia retrata a respeito da reação do Cristo com mais um homem rico, desta vez um homem muito
poderoso e abastado, CHEFE DOS PUBLICANOS, para quem não conhece a
história, os publicanos eram judeus que recebiam designação do Imperador de
Roma para cobrar impostos do seu próprio povo, sendo que era muito comum os
publicanos cobrarem valores além do devido, assim, acumulavam riquezas em desfavor
dos menos abastados, por tal motivo, eram desprezados e hostilizados pelo povo
judeu, sempre taxados como PECADORES/TRAIDORES.
De
antemão pensei, o homem é CHEFE DOS PUBLICANOS, RICO, EXPLORADOR DOS
NECESSITADOS, “certo que o camelo passará no buraco da agulha e este não
entrará no reino de DEUS”, mas, NÃO foi o que aconteceu.
Conta
a bíblia que este homem chamado Zaqueu era de estatura baixa e desejava ver o
Cristo, mas, como Jesus arrastava multidões ao seu redor, dificilmente o
baixinho teria a oportunidade de vê-lo. Sem falar que o CHEFE DOS PUBLICANOS seria severamente escorraçados dado a sua
condição de “traidor/desonesto”.
Contudo,
este pequeno grande homem teve a brilhante ideia de subir numa figueira, e do
alto veria o Cristo passar, mas, para a sua surpresa:
LUCAS 19: 5-7:
5 QUANDO JESUS CHEGOU ÀQUELE LUGAR, OLHOU
PARA CIMA E DISSE-LHE: ZAQUEU, DESCE DEPRESSA; PORQUE IMPORTA QUE EU FIQUE HOJE
EM TUA CASA.
6 Desceu, pois, a
toda a pressa, e o recebeu com ALEGRIA.
7 Ao verem isso,
todos murmuravam, dizendo: Entrou para ser hóspede de um HOMEM PECADOR.
Ocorre
que, Deus já havia acionado Cristo para fazer o chamado a Zaqueu, assim, imediatamente
quando o Nazareno passou por debaixo da figueira, o mesmo olhou para cima e
mandou Zaqueu descer, e lhe fez um convite magnífico, para que o mesmo consentisse
sua estadia em sua casa.
Como
já dito, Zaqueu tinha tanta reprovação popular que a Bíblia diz que TODOS
RECLAMAVAM porque o Cristo iria à casa de um pecador, de um indigno.
Daí,
iniciou o aparente conflito de
ensinamento dado por Cristo, vejamos:
LUCAS 19: 8-10:
8 Zaqueu, porém,
levantando-se, disse ao Senhor: Eis aqui, Senhor, DOU AOS POBRES METADE DOS MEUS BENS; E SE EM ALGUMA COISA TENHO
DEFRAUDADO ALGUÉM, EU LHO RESTITUO QUADRUPLICADO.
9 Disse-lhe Jesus: HOJE VEIO A SALVAÇÃO A ESTA CASA,
porquanto também este é filho de Abraão.
10 Porque o Filho do
homem veio BUSCAR E SALVAR O QUE SE
HAVIA PERDIDO
Consta
no texto sagrado que Zaqueu diante do Cristo, imediatamente por livre e espontânea vontade disse “DOU AOS POBRES METADE
DOS MEUS BENS”, mesmo a palavra “dou” derivando da conjugação do verbo
“dar” no presente do indicativo, equivocadamente, a primeira leitura, entendi
que mesmo sendo ele rico, ANTES do encontro com o Cristo, Zaqueu já dava metade
de suas riquezas aos pobres, mas, como Cristo lhe responde no verso “9” indagando
“HOJE”,
ou seja, naquele dia, viria a salvação a casa de Zaqueu, comprovando que a
entrega dos bens somente ocorreu a partir do encontro com Jesus, assim, o CHEFE DOS
REPUBLICANOS, sem qualquer pressão ou exigência, abdicou do que mais
amava: a riqueza, e entregou seu coração completamente a DEUS, demonstrando ter
fé inabalável.
Contudo,
me deparei com a dicotomia de entendimento: pois, num dado momento Cristo
diante de um HOMEM RICO, PORÉM, RELIGIOSO, GUARDADOR DOS MANDAMENTOS SAGRADOS,
UM APARENTE HOMEM DE FÉ, TANTO QUE NÃO FOI REPUDIADO POR AQUELES QUE
ACOMPANHAVAM CRISTO, determinou que a salvação do JOVEM RICO estaria condicionada
a DILAPIDAÇÃO
COMPLETA DO SEU PATRIMÔNIO em favor dos pobres e, ainda
assim, TERIA
QUE O SEGUIR NA CAMINHADA SANTA, a fim de restauração espiritual
daquele indivíduo.
Noutro
momento, Cristo diante de um NOVO HOMEM RICO, quando este se auto propôs a dissipar
sua riqueza, entretanto, NÃO DE SUA TOTALIDADE DE BENS, mas apenas, METADE,
somado a restituição quadruplicada daqueles que porventura alegasse defraude,
ainda assim, Cristo lhe deu a salvação e abençoou sua vida e seu lar.
Inclusive, JESUS
NÃO EXIGIU QUE ZAQUEU LHE ACOMPANHASSE NA CAMINHA SANTA.
Após
avaliar ambos os fatos/histórias percebo que INEXISTE QUALQUER COALISÃO DE ENSINAMENTOS,
pelo contrário, Cristo ensina que: RELIGIOSIDADE
SEM FÉ resulta em reprovação, num indivíduo vazio, num homem sem salvação,
Chamando
atenção, Cristo ensinou que mesmo aquele que não mata, não adultera, não furta,
não diz falso testemunho, honra o pai e a mãe, ama o teu próximo como a ti
mesmo, todavia, estando ele sob o
agasalho da vaidade, da luxuria, do narcisismo, NÃO TERÁ SALVAÇÃO, sendo um
mero possuidor de fé morta e religiosidade despicienda.
Consta
na bíblia que o JOVEM
RICO pretendia ser exaltado, por ser um sujeito superficialmente
cumpridor dos ensinamentos, mas, quando Cristo sabiamente confrontou a “fé” com
a riqueza/prestigio daquele, o JOVEM RICO ficou muito triste e se retirou,
porque não queria abdicar do seu prazer em prol de DEUS.
Percebe-se
que o texto sagrado sequer consta o nome
do JOVEM RICO, enquanto que a história
do CHEFE DOS
PUBLICANOS houve a identificação do indivíduo, marcando aquele
pequeno grande homem para a eternidade.
Vislumbro
que foi a FÉ
de Zaqueu que o salvou, pois, não se pensaria num homem com tamanha
posição social, rico, chefe dos defraudadores, se humilhar ao ficar pendurado numa
árvore, para ver o salvador e o revolucionário da fé passar, ainda, por si só, diante da grandiosidade do Cristo,
entregar 50% de suas posses em favor dos famigerados, sem falar na restituição
de 400% do prejuízo à terceiro, tudo pelo seu amor a DEUS e ao próximo.
Temos
que a exigência da entrega integral dos bens restou apenas simbólico, exclusivamente, para reflexão das ações e condutas
humanas, tanto é que em outro momento, foi aceito a disposição da metade da
riqueza, pois, feita de coração, almejando o cumprimento dos preceitos de DEUS.
Diante
do exposto, vemos que Zaqueu NÃO POSSUIA QUALQUER RELIGIOSIDADE,
pelo contrário, ANDAVA AS MARGENS DOS BONS COSTUMES DA ÉPOCA, mas, tinha
internamente o ingrediente mais importante para a salvação, a FÉ, maior do que
qualquer religiosidade. Assim sendo,
temos que a religiosidade
sem FÉ, é morta, é um nada!
Por
fim, temos a dicotomia entre a RELIGIOSIDADE SEM FÉ [Jovem rico] e a FÉ SEM
RELIGIOSIDADE [Zaqueu], comprovando a passagem bíblica “Pois vocês são salvos pela graça, por meio
da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus [...]” Efésios 2:8-9, cabendo
apenas a última exclamação: “guarde
um pouco a sua religiosidade e vista mais a tua fé”.
Camaçari/BA, 07 de Outubro de
2017.
ASS:
Cleiton
Marcio Santos Souza
Advogado,
escritor, poeta, bacharelando em teologia e adorador de Cristo Jesus Nosso
Senhor!
Meu contato para
sugestões, críticas e esclarecimentos: 71 98173-6176 / 71 99306-3557
[whatsapp’s]
E-mail: cleitonsouza.advogado@gmail.com
Comentários
Postar um comentário
ESPAÇO PARA SUGESTÃO - CRÍTICA - ESCLARECIMENTO: