QUE SE FARÁ AO HOMEM A QUEM O REI SE AGRADA HONRAR? OS TRÊS DESEJOS DE UM HOMEM.
ANÁLISE BÍBLICA: PARTE III
QUE SE FARÁ AO HOMEM A QUEM O REI SE AGRADA HONRAR? OS TRÊS
DESEJOS DE UM HOMEM.
Novamente estava eu na minha odisseia bíblica, me
deparando mais uma vez com uma história inusitada e muito engrandecedora.
O título desse escrito “que se fará ao homem a quem o rei se agrada honrar?” é uma crônica que tem como base o livro bíblico de Ester, ESTER 6:4-9. O título foi uma
pergunta que o Rei da Pérsia, o Rei Assuero fez a seu governador chamado Hamã,
homem com poder de império apenas abaixo do rei.
A reflexão começa quando o dito Hamã é nobilitado
governador, diante seu poder, tínhamos:
Ester 3:1 - Depois destas coisas
o rei Assuero engrandeceu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, e o exaltou, E
PÔS O SEU ASSENTO ACIMA DE TODOS OS PRÍNCIPES QUE ESTAVAM COM ELE.
Ester 3:2 - E TODOS OS SERVOS DO REI, que estavam à porta do rei, SE INCLINAVAM E SE PROSTRAVAM PERANTE HAMÃ; porque assim tinha ordenado o rei acerca dele; PORÉM MARDOQUEU NÃO SE INCLINAVA NEM SE PROSTRAVA.
Inicia todo o estopim quando MARDOQUEU, um judeu, não quis se prostrar perante uma alta
autoridade [motivo: Hamã veio do reino
de Agag, um rei dos Amalequitas, histórico inimigo dos judeus, Êxodos 17:14-16
e 1Sm 24:8; 2Sm 18:28; cf. Gn 23:7; 33:3; 2Rs 2:15/outros sustentam que o ato
de se inclinar não poderia ser distinguido da adoração, não sendo aceito pelos
judeus], mesmo advertido, MARDOQUEU
permaneceu a não se inclinar:
ESTER 3:4 – Sucedeu, pois, que,
dizendo-lhe eles isto, dia após dia, e não lhes dando ele ouvidos, o fizeram
saber a Hamã, para verem se as palavras de Mardoqueu se sustentariam, PORQUE
ELE LHES TINHA DECLARADO QUE ERA JUDEU.
Daí nasceu a ira e furor de um homem da alta sociedade, o nobre
mais poderoso da Pérsia, clamado pelo rei, respeitado por todos, exceto um judeu, em razão de tal fato fez surgir o PRIMEIRO DESEJO de Hamã: desejou não só matar aquele homem como a todo o seu
povo:
ESTER
03: 06
06. Porém teve como pouco, nos
seus propósitos, o pôr as mãos só em Mardoqueu; Hamã, pois, procurou DESTRUIR A TODOS OS JUDEUS, o povo de
Mardoqueu, que havia em todo o reino de Assuero.
Para executar seu PRIMEIRO DESEJO Hamã persuadiu o Rei
dizendo:
ESTER
03: 08-09
08. [...] Existe espalhado e
dividido entre os povos em todas as províncias do teu reino um povo, cujas leis
são diferentes das leis de todos os povos, e que NÃO CUMPRE AS LEIS DO REI; por isso não convém ao rei deixá-lo
ficar.
09. Se bem parecer ao rei, decrete-se que os matem; e eu porei nas
mãos dos que fizerem a obra dez mil talentos de prata, para que entrem nos
tesouros do rei.
O Rei aceitou o conselho/desejo vil, permitindo a contratação de
mercenários para destruiria todo um povo, homens e mulheres, criança a idoso, despojando-os de todos os seus bens, tendo sido estabelecido
um prazo para cumprimento do decreto do rei.
Entretanto, toda vez que Hamã, o governador, passava
pela frente do Palácio se deparava com o MARDOQUEU,
sendo que este último continuava a não se inclinar perante o mesmo:
ESTER
05: 09
09. Então saiu Hamã naquele DIA ALEGRE E DE BOM ÂNIMO; porém, vendo
Mardoqueu à porta do rei, e que ele não se levantara nem se movera diante dele,
então Hamã se encheu de furor contra Mardoqueu.
Daí nasce o SEGUNDO DESEJO de Hamã, a partir de
aconselhamento da esposa e dos seus amigos:
ESTER
05: 14
14. Então lhe disseram Zeres, sua mulher, e todos os seus amigos: FAÇA-SE UMA FORCA DE CINQÜENTA CÔVADOS DE ALTURA, E AMANHÃ DIZE AO REI QUE NELA SEJA ENFORCADO MARDOQUEU; e então entra alegre com o rei ao banquete. E este conselho bem pareceu a Hamã, que MANDOU FAZER A FORCA.
Assim, Hamã desejou fazer o decreto de extinção de um
povo e conseguiu, desejou pela segunda vez e fez a forca, falta o terceiro
desejo.
Indo Hamã falar com o Rei da Pérsia para
matar/enforcar MARDOQUEU, o Rei Assuero
lhe antecedeu, perguntando-lhe: QUE SE FARÁ AO HOMEM A QUEM O REI SE AGRADA
HONRAR?
Hamã num pensamento egoísta, narcisista e pedante,
imaginando ser o beneficiário do agrado rei, respondeu com o seu TERCEIRO DESEJO:
ESTER
06: 06-09
06. Então Hamã DISSE NO SEU CORAÇÃO: De quem se
agradaria o rei para lhe fazer honra mais do que a mim?
08. Assim disse Hamã ao rei: Para o homem, de cuja honra o rei se agrada, Tragam a veste real que o rei costuma vestir, como também o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponha-se-lhe a coroa real na sua cabeça.
09. E entregue-se a veste e o cavalo à mão de um dos príncipes mais nobres do rei, e vistam delas aquele homem a quem o rei deseja honrar; e levem-no a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem a quem o rei deseja honrar!
Isso mesmo, ele desejou a si todos esses atos
grandiosos e honrosos, entretanto, não sabia ele que todo aquele agrado
desejado teria como beneficiado aquele que ele desejou humilhação, enforcamento
e morte.
Pior da história, foi
o próprio Hamã EM PESSOA que tomou a veste e o cavalo, e vestiu a MARDOQUEU, e
o levou a cavalo pelas ruas da cidade, passando a APREGOAR DIANTE DELE em
alto e bom som: Assim se fará ao homem a quem o rei deseja honrar! depois Hamã
se retirou correndo à sua casa, triste, e de cabeça coberta, [Ester 6:11,12].
MARDOQUEU recebeu do Rei tal presente,
pois, tinha salvo sua vida, quando impediu que uma conspiração interna se
concretizasse, para tanto, há época, o Rei mesmo sabendo da sua ajuda, nada
havia lhe retribuído.
Mas, a história não termina aí para o HOMEM DOS TRÊS DESEJOS, pois, além de ter sido humilhado, ele acabou sendo enforcado
na mesma forca que fez para o seu “inimigo” MARDOQUEU, haja vista que a Rainha Ester denunciou seus propósitos com
o Decreto-rei, tendo por objeto a extinção de um povo, que, por desconhecimento
do malfeitor, incluía a própria Rainha, tal fato indignou o Rei, forçando-o a decidir:
ESTER
07: 06-10
06. E disse Ester: O homem, o
opressor, e o inimigo, é este mau Hamã. Então Hamã se perturbou perante o rei e
a rainha.
07. E o rei no seu furor se levantou do banquete do vinho e passou para o jardim do palácio; E HAMÃ SE PÔS EM PÉ, PARA ROGAR À RAINHA ESTER PELA SUA VIDA; porque viu que já o mal lhe estava determinado pelo rei.
09. Então disse Harbona, um dos camareiros que serviam diante do rei: Eis que também a forca de cinquenta côvados de altura que Hamã fizera para Mardoqueu, que falara em defesa do rei, está junto à casa de Hamã. Então disse o rei: ENFORCAI-O NELA.
10. ENFORCARAM, POIS, A HAMÃ NA FORCA, QUE ELE TINHA PREPARADO PARA MARDOQUEU. Então o furor do rei se aplacou.
MORAL DA HISTÓRIA: Não importa o mal que estejam lhe desejando, se andar pelos
caminhos da verdade, tomando DEUS como guia, todos os males cairão por terra,
pois, não tem como subsistir em contraposição à justiça e a verdade.
É de observar, nem todos os males desejados foram
externalizados, mas sim, ocultos, o que nos força ainda mais ter fé em Deus,
pois, nem sempre os nossos olhos denunciarão o mal que nos espreita.
Por fim, achei essa história bíblica fantástica, de
como um homem sem qualquer posição social, no mesmo dia, ao invés de ser
humilhado e morto, foi honrado e exaltado, enquanto que seu inimigo cheio de
poder e influência, foi desmoralizado e destruído!
Disso tudo temos: os humilhados serão exaltados e os exaltados serão
humilhados...
ASS:
Cleiton
Marcio Santos Souza
Advogado,
escritor, poeta, bacharelando em teologia e adorador de Cristo Jesus Nosso
Senhor!
Meu contato para
sugestões, críticas e esclarecimentos: 71 98173-6176 / 71 99306-3557
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E-mail: cleitonsouza.advogado@gmail.com
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